Anarquimo

sábado, 13 de dezembro de 2008

Jornalistas da Rede Globo são atacados durante protestos na Grécia

“Quem poderia imaginar que a maior rede de televisão brasileira, campeã de audiência, mentiras, manipulação, alienação, fosse agredida na Grécia? Pois é, isso aconteceu. Ontem (12) a Rede Globo transmitia uma reportagem sobre os protestos na Grécia, em frente à sede do Parlamento, quando, num supetão, um rebelde atacou o cinegrafista dessa televisão, que teve a lente de sua câmera estilhaçada. Sobrou também para o repórter Alberto Gaspar, enviado especial dessa emissora em Atenas, que teve o cabo do seu microfone puxado quando gravava a reportagem. Só faltou os manifestantes gregos gritarem "O povo não é bobo. Fora a Rede Globo". Abaixo a matéria que o Jornal Nacional (o de maior audiência da TV brasileira) veiculou, e o link da matéria com o ataque rebelde. Vale à pena dar uma olhada. É um deleite!”

Grécia: equipe da TV Globo sofre com protestos

Os protestos contra a morte de um estudante de 15 anos por um policial completaram sete dias na Grécia. A fúria dos manifestantes atinge também a imprensa, como mostra, de Atenas, Alberto Gaspar.

Dia normal, aparentemente. Mas o número de policias nas ruas é revelador. Uma senhora pára para conversar com eles. Dona Caterina conta o que disse. É grega, vive na Áustria. Veio para o Natal, mas está triste. "Não pude ver nada", ela reclama. Até a tradicional árvore da cidade foi incendiada.

De repente, a polícia começa a se deslocar. O trânsito é bloqueado. Vai recomeçar a estranha rotina da ultima semana.

O começo da passeata é ameno. Um cachorro carrega uma placa de protesto. O bom-humor está presente. Há gente de todas as idades. Mas as intenções de alguns, que estão mascarados, vão ficando claras.

Desta vez, a manifestação contra o governo, na praça central da cidade, foi à luz do dia, e das mais violentas. A proteção da lente da nossa câmera foi estilhaçada. Depois, o rapaz puxou o cabo do microfone até arrebentar. Difícil encontrar um lugar seguro no meio dessa batalha.

Atravessando a confusão, uma senhora protestava. Estava falando grego, mas neste caso, quase dava pra entender.

As bombas de gás vão dispersando a multidão. As tropas avançam. Em retirada, os vândalos ainda atacam os últimos enfeites de Natal ainda inteiros.



quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

"Alexis sepultado e nós nas ruas"





oticias Anarquistas

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008



A Grécia já vai no quinto dia de agitação popular em várias cidades, com bancos e carros destruidos, grandes lojas saqueadas, delegacias atacadas, universidades ocupadas e as ruas a servirem de palco para batalhas campais entre polícia e manifestantes. E nesta quarta-feira (10), coicindindo com a greve geral no país e por manifestações nas principais cidades. Os transportes ficaram parados, os aeroportos também, as lojas e escolas fechadas e a televisão pública emitiu programas de desenhos animados.

Em Atenas, mais de 20 mil pessoas realizaram uma manifestação pelo descontentamento com as políticas econômicas do governo. A polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo para conter um grupo de jovens que lançavam coquetéis molotov e pedras nos arredores do Parlamento, cercado por milhares de manifestantes.

Hoje (10), na Ilha de Creta (ilha turística), depois de uma manifestação que contou com mais de 3 mil pessoas, a Delegacia da Província de Creta foi ocupada em revolta pela morte de Alexis Grigoropulos, tal qual foi decidido nas assembléias estudantis de ontem, numa decisão tomada por cinco departamentos universitários. Nas manifestações participaram estudantes e muitos trabalhadores.

Distúrbios na Universidade de ASSOE

Ontem (9), mais de mil pessoas estiveram atacando a polícia de choque grega que tentava retomar a Universidade. A cada momento havia mais gente que se aproximava da universidade, com os antidistúrbios recebendo ondas de pedras e garrafas. Finalmente fugiram e desapareceram das ruas ao redor da ASSOE.

Provocações

Militantes neofascistas estão trabalhando lado-a-lado com a polícia e atacando os manifestantes. Inclusive saqueando pequenos comércios e culpabilizando os jovens revoltosos. "Na cidade de Kavála, anarquistas e antiautoritários perseguiram e surraram agentes secretos "disfarçados" durante uma manifestação na manhã de ontem (9).

Enterro

Alexis Grigoropoulos foi enterrado ontem (9) à tarde no cemitério de Paleo Faliro, nas imediações de Atenas, diante de uma presença de mais de 7 mil pessoas, que gritaram lemas contra a polícia e o governo.

"Assassinos, porcos..." ecoavam os jovens no momento que o féretro branco com o corpo do falecido era introduzido no túmulo. "Alexis, estás vivo!", gritavam alguns assistentes, enquanto outros aplaudiam.

Antes e depois do enterro aconteceram duros enfrentamentos entre manifestantes e a polícia de choque, nas imediações do cemitério.

O funeral do jovem Alexis foi transmitido ao vivo por inúmeras canais de TV gregas.

Solidariedade internacional

Hoje (10), dezenas de manifestações em apoio e solidariedade com a revolta na Grécia, com os detidos e o assassinato de Alexis Grigoropoulos aconteceram por diversas cidades européias. Em algumas cidades dos Estados Unidos também ocorreram manifestações de rua de apoio, com a particiapção de anarquistas, antiautoritários, anticapitalistas, militantes queers, antifascistas e outros radicais.

agência de notícias anarquistas-ana