Anarquimo

terça-feira, 9 de junho de 2009

Despejo na Ocupação Guerreiros do 510




Companheiros/as.

Na sexta-feira, 22 de maio, à noite, o prédio da Av. Gomes Freire, 510, ocupado por diversas famílias organizadas pelo MTD, sofreu um terrível acidente que nos entristece profundamente.

Na sexta à noite um incêndio se iniciou em um dos andares do edifício, multiplicado, atingiu mais quatro andares e sofreu intervenção da Defesa Civil e do corpo de bombeiros.

As famílias permanecem resistindo, e nesse momento fazem uma vigília em frente ao prédio à espera dos resultados do laudo da defesa civil.

Durante todo o sábado, houve uma intensa negociação para permitir a estadia das famílias nos andares do prédio (de 18 andares) que permaneceram intactos ao problema, mas descrente deste apelo e à despeito de nossos esforços, um sórdido e rápido despejo foi orquestrado pelos poderes constituídos, e as famílias exauridas pelo acidente e desgaste da noite anterior, foram expulsas do prédio, anteriormente cuidado e ocupado para a moradia.

Muitas famílias perderam tudo o que tinham no incêndio e precisam urgentemente de remédios, alimentos, fraldas, roupa de cama, etc. Aproveitamos para dizer que todas as doações são necessárias e serão bem vindas. É só procurar a Dona Penha ou o Naval.

Mais informações em breve, as coisas ainda estão muito confusas.

AVISO AOS PODEROSOS: PROSSEGUIREMOS LUTANDO ATÉ QUE O ÚLTIMO DE NÓS TOMBE. SE DESPEJAM TRABALHADORES/AS DE UM PRÉDIO, OCUPAREMOS MAIS DOIS.

“Boas-vindas portanto, à revolução: cada dia de atraso inflige à humanidade mais uma enorme massa de sofrimentos. Esforçemo-nos e trabalhemos para que ela chegue rapidamente e consiga acabar para sempre com todas as opressões e explorações.”

Errico Malatesta

MTD – MOVIMENTO DOS TRABALHADORES DESEMPREGADOS

http://mtdrio.wordpress.com

Telefone da Comissão de Cultura e Comunicação(Doações): 9404-5235

Governo abre edital para criar 463 rádios comunitárias

"Essa matéria nos foi enviada por e-mail pelo companheiro João e disponibilizamos pra vocês leitores do Imprensa Livre. Cadê a midia oficiosa que não noticia isso?"

O Ministério das Comunicações abriu hoje processo de habilitação das entidades interessadas no direito de exploração dos serviços de radiodifusão para criar 463 novas rádios comunitárias. Segundo aviso publicado nesta terça-feira (12/05) no Diário Oficial da União, e reproduzido abaixo, localidades em todos os estados e o Distrito Federal foram contemplados.

Hoje, 3.685 rádios comunitárias funcionam com autorização no Brasil, mas a estimativa é de que 12 mil emissoras operem sem autorização formal.

As entidades interessadas em se candidatar à exploração do serviço de rádio comunitária devem se inscrever e apresentar documentação no prazo de 45 dias, contados a partir da data da publicação no Diário Oficial da União. A data de encerramento vai até 25 de junho, uma quinta-feira.

Para fazer o cadastramento, a entidade interessada deve pagar uma taxa de R$ 20, mediante o preenchimento da Guia de Recolhimento da União com depósito identificado nº 4100030000118822- 0, tendo como favorecido a Coordenação Geral de Recursos Logísticos do Ministério das Comunicações (CGRL/MC).. Mais detalhes sobre a inscrição podem ser obtidos na página do Ministério das Comunicações. As inscrições podem ser feitas ainda pelos correios ou pessoalmente, no protocolo central do edifício do ministério, em Brasília.

Os procedimentos para as inscrições podem ser feitos conforme formulário constante no site do Ministério das Comunicações: http://www.mc.gov.br/radiocomunitaria/formularios/formularios/anexo-a2.pdf

No Estado da Bahia, 50 cidades estão contempladas neste edital. Confira a relação:

1. Araçás

2. Arataca

3. Brumado

4. Caetité

5. Camacan

6. Camaçari

7. Campo Alegre de Lourdes

8. Candeias

9. Capela do Alto Alegre

10. Conceição do Coité

11. Dias D´Avila

12. Feira de Santana

13. Ibicaraí

14. Ibirapitanga

15. Ilhéus

16. Itambé – Vila Catolezinho

17. Jaguarari

18. Juazeiro – Vila Itamotinga

19. Licínio de Almeida

20. Livramento de Nossa Senhora

21. Macururé

22. Maracás

23. Mata de São João

24. Mutuípe

25. Miguel Calmon

26. Mucugê

27. Nilo Peçanha – Povoado de Jatimane

28. Nova Soure

29. Olindina

30. Ourolândia

31. Paripiranga

32. Pau Brasil

33. Paulo Afonso

34. Piatã

35. Piripá

36. Planalto

37. Planalto – Vila Lucaia

38. Ponto Novo

39. Queimadas

40. Riacho de Santana

41. Rodelas

42. Santa Bárbara

43. Santa Rita de Cássia

44. Santo Amaro

45. Santo Antônio de Jesus

46. São Desidério

47. Sapeaçu

48. Simões Filho

49. Sítio do Quinto

50. Sobradinho

Antifa Curitiba: “A organização neonazista aqui é grande





A Antifa Curitiba surgiu no início deste ano como frente de combate aos grupos neonazistas que vem agindo com violência no Estado do Paraná. “Lutamos contra o fascismo e todas as formas que assume na sociedade de hoje, como o machismo, a homofobia, o racismo e o neonazismo. Distinguimos ainda que o movimento neonazista não é composto só por skinheads, existem outros apoiadores dessa ideologia. A mais perigosa de todas é a própria sociedade que aceita esse tipo de idéia no seu seio, nós lutamos para abrir os olhos da sociedade e esmagar o fascismo antes que ele esmague a todos”, explicam. A seguir uma entrevista que concederam à ANA.

Agência de Notícias Anarquistas > Como surgiu o projeto Antifa Curitiba, em que contexto que ele nasce?

Antifa < A Antifa é um coletivo espelhado em coletivos do mesmo nome disseminados pela Europa (e com princípios similares), que surge de um grupo de pessoas preocupadas com o crescimento da violência e organização neonazista na cidade que resolve fazer oposição a isso, através da contrapropaganda, da denúncia e da ação direta.

ANA > E qual é a dinâmica, princípios do grupo?

Antifa < Nos organizamos em torno de comissões de ação, investigação, grupo de estudos e contrapropaganda. Somos um coletivo e todos têm voz e voto. Levantamos como bandeira o combate à homofobia, o racismo e o neonazismo, através da contrapropaganda, da conscientização da população e da ação direta.

ANA > É um grupo anticapitalista também, certo?

Antifa < É um grupo libertário, bastante diverso. Há nele anarquistas, comunistas, punks, ativistas squatters, do movimento negro e estudantil. Nossa intenção é sempre reunir os mais diversos segmentos da luta libertária contra o fascismo. É claro que, quando combatemos a homofobia, o racismo e os nacionalismos, estamos combatendo preceitos criados pela sociedade de consumo.

ANA > E quais são as prioridades neste momento?

Antifa < Neste momento estamos fortalecendo o coletivo fazendo contato com outros grupos antifas nacionais e internacionais, na busca de solidariedade e de uma frente antifascista conjunta. Também priorizamos estabelecer laços com a comunidade e minorias que sofrem violência racista/homofóbica na cidade e o combate ao crescimento dos grupos neonazistas em Curitiba, através da investigação, denúncia e ação direta

ANA > Há atos recentes de violência nazi-skin em Curitiba?

Antifa < Os ataques contra punks já fazem parte, infelizmente, do cenário da Capital e continuam acontecendo. Recentemente, quatro travestis foram assassinados em circunstâncias ainda não sabidas, numa mesma semana Um caso mais recente que chamou a atenção da mídia nacional, onde um grupo de neonazistas executou um dos líderes do próprio bando, competindo pelo poder local. A organização neonazista aqui é grande, conta não só com skinheads e tem contatos com grupos de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Chile e Argentina.

ANA > E vocês já estão indo pra rua denunciar e se manifestar contra tudo isso? Parece que vocês organizaram uma passeata no centro de Curitiba recentemente, não?

Antifa < Já fizemos três passeatas em Curitiba, duas em abril, e uma neste mês de maio, juntamente com o Movimento de Combate à Intolerância, que é um coletivo maior que surgiu dentro da Universidade Federal do Paraná, depois que um estudante foi atacado. Saímos às ruas com um Bloco Negro, com faixas e gritos de ação, e fizemos uma intervenção em frente a uma loja onde trabalham nazis (há suspeita de que se distribua material lá também). Além das passeatas, que tiveram como objetivo cobrar soluções das autoridades (in)competentes por investigar e reprimir estes grupos, fazemos colagem de cartazes e adesivos pelas ruas.

ANA > E vocês já receberam algum tipo de ameaça destes grupos?

Antifa < Recebemos algumas ameaças pelo blog, que resultou em uma denúncia com os IPs dos computadores junto ao Ministério Público e também notamos alguns cartazes "anti-antifas" colados pelo centro da cidade. Mas não nos sentimos intimidados por nenhum tipo de ação, temos convicção de nossa luta e daremos sangue por ela

ANA > Querem acrescentar mais alguma coisa?

Antifa < Estamos buscando cooperação e parcerias com Antifas de outros lugares do país e do mundo, para unificar a luta e torná-la mais forte. Atualmente estamos trabalhando na confecção de uma revista e na consolidação de um calendário de lutas. Por favor, entrem em contato!

Pessoas interessadas em se agregar a Antifa Curitiba, basta entrar em contato conosco, lembrando sempre que devem estar de acordo com nossa carta de princípios. Não somos um grupo de homicidas e não toleramos nacionalistas, bairristas e apaixonados por brigar em estádios, nossa luta é por uma transformação social, não para arranjar brigas em bares.

Acreditamos que para esta luta, mais importante do que se juntar a algum grupo antifa, é observar como repetimos atitudes de intolerância e preconceito em nosso cotidiano e passarmos a lutar por uma mudança individual. A mudança coletiva vem daí.

Mais infos: www.antifacwb.wordpress.com

agência de notícias anarquistas-ana

Dia tranqüilo
Rompe o silêncio da tarde
o zunzum de abelhas

Eunice Arruda