Anarquimo

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Onda repressiva contra o anarquismo ibérico

Nesta quarta-feira (14) a companheira Tamara foi condenado a 8 anos de prisão. Ela é acusada de enviar um pacote-bomba a Albert Batlle, secretário de Serviços Penitenciários da Catalunha, no marco de uma campanha pela liberdade de Amadeu Caselles. Está detida desde 15 de dezembro passado. Em princípio, o promotor pedia 12 anos de prisão por tentativa de homicídio e posse de explosivos.
 
Mais infos sobre o seu caso aqui:
 
 
 
Após a decisão das autoridades judiciais ocorreram manifestações de apoio a Tamara em Sevilha, onde foi colocado banners em diferentes acessos da cidade e ações em Barcelona, ​​onde vários contentores de lixo foram arrastados e queimados em plena rua. Também aconteceram ataques em algumas agências bancárias e pichações em Valência.
 
Mas hoje, dia 16, foi divulgada pela imprensa corporativa a notícia da prisão do companheiro José Lopez Mendendez, de 30 anos, por supostamente ter colocado nada menos que 32 bombas em Madri nos últimos dois anos. Segundo a polícia: A maneira de realizar os ataques era “bastante rudimentar”, mas sempre conseguia atingir seus objetivos. Embebia um cobertor num líquido inflamável e colocava para secar. Depois cobria com o cobertor cilindros de Campingaz ou spray de gás para recarga de isqueiros. Isso produzia explosões de intensidade moderada, mas capaz de destruir a entrada dos locais que tinha como alvo.
 
Esta notícia deixa no ar muitas perguntas, e como de costume apenas foi conhecida a versão policial dos acontecimentos. Tudo isso exatamente num momento em que são previstas grandes manifestações em Madri. Sem ir muito longe, em 18 próximo haverá inúmeras manifestações contra a privatização, e no dia 29 uma jornada de luta e agitação para uma greve geral.
 
Também o sindicato CNT [anarcosindicalista] recebeu uma denúncia da organização de extrema-direita HazteOir, pela campanha feita contra a visita do Papa em agosto passado. MasLibre.org (uma associação que depende HazteOir), acusa este sindicato de:
 
Provocação ao ódio e à violência por motivos religiosos - artigo 510 do CP;
 
Reunião ou manifestação ilegal - artigos 513 e 514 do CP;
 
Contra os sentimentos religiosos - artigo 525.1 do CP;
 
Apologia do terrorismo - artigos 571 e seguintes do CP;
 
De genocídio, tal como definido no artigo 607.2 do CP.
 
 
agência de notícias anarquistas-ana

Re: NOTA DA REITORIA SOBRE A COMISSÃO DA MESA PERMANENTE DE NEGOCIAÇÃO.


Coletivo de Paralisação dos Estudantes

Temos ciência da legalidade e legitimidade da Comissão de Negociação instaurada pela Portaria 444/2011, porém NÃO A ACEITAMOS.

Em momento algum duvidamos ou colocamos em questão a competência das pessoas designadas para tal função, mas não as consideramos aptas para discutir as questões específicas de cada Centro, tendo em vista que nenhuma delas participa diretamente da gestão dos mesmos. Dessa forma, se houver algum motivo plausível para a escolha desta Comissão, que ele seja posto para a nossa apreciação. 

A proposta da Reitoria para as negociações é de diálogo, porém, o que de fato tem acontecido é o que chamamos de IMPOSIÇÃO, posto que a mesma nega em atender o nosso pedido de modificação da Comissão de Negociação. 

Salientamos que as Negociações apenas iniciarão a partir do momento que a Reitoria assumir efetivamente a postura de diálogo. 

Portanto, elaboramos uma contraproposta que se configura como prerrogativa para a nossa participação na Mesa de Negociações, a saber: 

1. Que a Comissão de Negociação da Reitoria seja composta por: Diretores de todos os Centros, Reitor e Vice-Reitor.
2. Que todos os discentes que desejarem acompanhar as Negociações, tenham este direito assegurado, embora apenas a Comissão Discente de Negociação, possa se pronunciar para representar os discentes desta Instituição.
3. Apenas haverá diálogo se garantido o direito à água e internet em todos os Centros.
Por fim, nos colocamos a disposição em, de fato, DIALOGAR! Mas o DIALÓGO deverá ser permanente, e não em momentos de tensão!
Cruz das Almas, 15 de setembro de 2011.
Coletivo de Paralisação dos Estudantes.

domingo, 11 de setembro de 2011

MOVIMENTO ESTUDANTIL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA COLETIVO DE PARALISAÇÃO DOS ESTUDANTES

Foto: Luis Antonio
O referido Coletivo expressa, através desta carta, os pontos gerais que abrangem nossas diversas reivindicações. Em tempo, apresentamos os extratos de dois importantes documentos que reforçam o nosso ideal de uma educação pública e de qualidade, e também denunciam falhas na gestão desta Universidade para com os pontos expostos.

Extrato do Plano de Desenvolvimento Institucional 2010-2014 da UFRB, página 25: “(...) a educação é tomada como uma prática social e política, realizada no âmbito das relações sócio-histórico-culturais, objetivando formar pessoas com competência técnica e política, humanizadas, éticas, críticas e comprometidas com a qualidade de vida dos cidadãos. Pessoas que pensem e reflitam sobre o mundo, o contexto social e assumam o papel de protagonistas em processos de transformação social.”

Extrato da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu artigo 43, que trata das finalidades da educação superior:

I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo;
II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua;
III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive;
IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação;
V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração;
VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade;
VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição.
Pautas Internas
1. Construir e concluir as obras estruturais dos Campus, já previstas e as demais necessárias, a fim de garantir a qualidade e o bom funcionamento dos cursos, atentando para o princípio da acessibilidade.
2. Garantir as condições necessárias para a concretização da formação integral dos estudantes (graduandos e pós-graduandos), tanto no que se refere aos aspectos específicos de cada curso, a exemplo das terminalidades, como, também, a realização das atividades relativas às aulas práticas, aos laboratórios e aos campos de estágio.
3. Assegurar as condições necessárias relativas à manutenção hidráulica, elétrica, de acesso às questões sanitárias, ambientais e de segurança nos Campus.
4. Melhorar as condições que garantam a qualidade e a paridade no que se refere a recursos materiais e humanos, bem como de reconhecimento, nas ações de extensão, ensino e pesquisa em todos os Campus.
5. Reforma e ampliação do Restaurante Universitário (R.U.) do Campus de Cruz das Almas; construção dos R.U’s de Santo Antônio de Jesus, Amargosa e Cachoeira, com administração, exclusivamente pública, assegurando o modelo de Restaurante Popular de qualidade e socialmente referenciada, para o atendimento à comunidade acadêmica e ao público externo, garantindo a gratuidade aos assistidos pelo Programa de Permanência Qualificada (PPQ).
6. Construção de Creches Universitárias em todos os Campus.
7. Assegurar, por meio de ações efetivas, assistência estudantil, no que se refere à ampliação da moradia estudantil, transporte, assistência à saúde, apoio pedagógico, didático e psicossocial; assim como o aumento do número disponibilizado ao PPQ e facilitação do acesso ao auxílio emergencial.
8. Controle social, transparência e gestão participativa nas ações da Universidade e a garantia da autonomia e isonomia entre os Centros.
9. Descentralização do Sistema de Bibliotecas, criação do Sistema Alternativo de Empréstimos e aumento do acervo bibliográfico e audiovisual, com acesso total ao acervo pela comunidade acadêmica e sociedade civil, durante todo o ano.
10. Implantação da TV e radio Universitária, para a troca de experiências entre as comunidades acadêmicas, em parceria com o Sistema IRDEB.
11. Construção dos espaços de convivência em todos os Campus e cessão do atual prédio do CCAAB para o Movimento Estudantil, bem como garantir estrutura de funcionamento dos Diretórios, Centros e Coletivos Acadêmicos.
12. Contratação imediata de mais professores pelo regime jurídico único, com Dedicação Exclusiva, para atender às necessidades de todos os cursos da UFRB, assim como de servidores técnico-administrativos, de forma a permitir o funcionamento da Universidade em turnos contínuos.
13. Viabilizar e destinar recursos específicos para atividades autogestionadas pelos estudantes.
14. Garantir transporte itinerante entre os campus, a fim de assegurar o atendimento às necessidades de mobilidade acadêmica intrainstitucional.
Pautas Gerais (Nacionais e Internacionais)
1. Pelos 10% do PIB nacional para Educação, já.
2. Fim das Parcerias Público-Privadas (PPPs).
3. Pelos 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a educação, saúde e cultura, já!!!
4. Pela não privatização dos Hospitais Universitários.
5. Apoio à luta nacional aos trabalhadores da educação.
6. Apoio @os companheir@s estudantes que tem realizado mobilizações em todo o país, em defesa da educação de qualidade.
7. Apoio à luta estudantil chilena.

Coletivo de Paralisação dos Estudantes
11 de setembro de 2011.