Anarquimo

quarta-feira, 2 de junho de 2010

ESTUDANTES OCUPAM UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA


Desde o início deste semestre as contradições vividas na UFRB, e particularmente no CAHL, que já eram grandes passaram a ser maiores. A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia é uma das “experiências” do REUNI (Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) do Governo Federal e aderiu integralmente ao novo ENEM/SISU. Para o Governo Lula aumentar o acesso a universidade pública tem sido apenas aumentar o número de vagas, investindo o mínimo em infra-estrutura e com nenhuma preocupação no que diz respeito às políticas de permanência.

O processo de luta iniciado pelos estudantes acampados no CAHL começou por um motivo simples e concreto: não temos condições de ir e voltar todos os dias para as nossas cidades ou pagar um aluguel aqui em Cachoeira. A administração da UFRB e a Propaae “lavaram as mãos” diante dessa situação.

Sabemos que os problemas de moradia, de transporte e permanência atingem também muitos outros estudantes, não apenas os que estão acampados. Portanto, a mobilização para avançar rumo a novas conquistas deve ser ampla. A Assembléia Geral de Estudantes do CAHL (do dia 7 de abril), chamada pela Plenária ampliada do Acampamento, deu início a um processo de luta e organização e definiu algumas bandeiras (ver pauta no verso no blog: http://acampamentoremanescente.blogspot.com/). Agora temos que tocar o nosso processo de mobilização e construir espaços coletivos de discussão e decisão, fazendo da luta de todos/as, uma luta cada vez mais abrangente. Precisamos partir de uma perspectiva horizontal, independente e combativa, tendo a ação direta como método de luta.

Nossa luta, além das questões urgentes e imediatas é também uma luta contra a educação de mercado, pois o conhecimento não deve estar a serviço da lógica do capital. Queremos uma Universidade Popular, a serviço de quem realmente a sustenta, os trabalhadores e as trabalhadoras, os oprimidos e explorados. Uma Universidade de e para todos, que produza conhecimento para a libertação, construída com o povo.

Que a indignação rompa com a apatia! Reivindicar e rebelar-se é justo, e mais que isso, é legítimo! Só assim podemos realmente intervir na realidade em que vivemos e construir uma sociedade mais igualitária.

Nenhum comentário:

Postar um comentário