[No  sábado, 24 de dezembro, dezenas de anarquistas dos bairros da metrópole  se reuniram no bairro ateniense de Peristeri, cortaram uma avenida  central, desfraldaram faixas e expropriaram artigos em dois  supermercados locais. Na sequência, gritando slogans, foram ao vizinho  mercado e distribuíram todo material expropriado para a população. As  pessoas aceitaram a ação de uma maneira muito acolhedora. A seguir o  texto que foi distribuído.]
Expropriações em supermercados, guerra a patronal
Hoje  em dia não há nada mais frustrante do que ver os patrões continuando  com a mesma série de mentiras, como se nada tivesse acontecido, como se  nos esperava um futuro brilhante sob o capitalismo. Como se a ofensiva  que estamos vivendo fosse um simples parênteses devido a alguns  políticos corruptos, e não todo o sistema de exploração. E agora que  alguns tecnocratas-banqueiros se encarregaram, já oficialmente, da  gestão da "nação", tudo vai ser resolvido num passe de mágica, basta que  tenhamos "paciência", que façamos mais sacrifícios, que baixemos  diariamente a cabeça... Nós, os trabalhadores, os desempregados, os  estrangeiros. Nós, os oprimidos, e em nenhum caso o Capital e seus  mecanismos.
E  agora, mesmo sob essas circunstâncias, em que o conto do consumo sem  fim e o capitalismo têm um lugar onde tudo acabou, nos chamam novamente  para que ponhamos nossa roupa formal, para irmos correndo para as lojas  para comprar, comprar, comprar, ou pelo menos lembrar os dias em que  podíamos fazer isso com dinheiro emprestado. Nos chamam para que  montemos uma festa de Natal, esquecendo conscientemente que amanhã nos  esperam novas medidas, mais humilhação e que, embora resistamos, cada  amanhecer será pior.
Este  mundo, que sob a brilhante luz tem escondido a degradação constante de  nossas vidas, não se reforma. Tem que ser derrubado, e não há uma  solução pronta para derrubá-lo.
A  confrontação das consequências e as condições geradas pelo  funcionamento da máquina capitalista, em tempos de crise ou de  desenvolvimento, requer a criação de estruturas de solidariedade mútua  entre os oprimidos. De estruturas que apóiem as práticas de  enfrentamento e lutas de classe. De estruturas que respondam a  satisfação coletiva das necessidades diárias de todos e de todas, e cada  um de nós.
Solidariedade, auto-organização, Contra-ataque
Trabalhadores, Desempregados dos bairros da metrópole
agência de notícias anarquistas-ana
 
 
 
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